quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Seleções pedem tradição para escolher estádios nas Eliminatórias


Com o começo das Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo de 2014, um outro tema que chama a atenção são os estádios, que deverão ficar lotados por torcedores que querem que suas seleções garantam o quanto antes uma vaga no evento que será organizado pelo Brasil.
Cada um dos nove países participantes já escolheu as sedes onde irão jogar oito partidas como mandante, seja por um motivo histórico, a altitude e outros fatores.
A Argentina resolveu mandar os seus jogos no histórico Monumental de Nuñez. No caminho para a Copa de 1970, no México, eles pretendiam vencer o Peru em "La Bombonera", casa do Boca Juniors, mas ficaram de fora do Mundial com um empate em 2 a 2, após perder por 1 a 0 na partida de ida, em Lima.
Nas Eliminatórias para a Copa da África do Sul, o então técnico Diego Maradona decidiu "castigar" a torcida da capital e levar o jogo contra o Brasil para Rosário. O resultado foi uma derrota por 3 a 1, em show do atacante Luís Fabiano.
A Bolívia aposta na altitude de 3.650 metros de La Paz para vencer seus adversários no estádio Hernando Siles. Lá,venceu sua única Copa América, em 1963, e conseguiu a classificação para o Mundial dos Estados Unidos, em 1994.
O Estádio Nacional de Santiago foi testemunha dos altos e baixos da seleção chilena, e nos últimos quatro anos seus 50 mil lugares estiveram sempre lotados para acompanhar o renascer do futebol do país graças ao estilo ofensivo apresentado pelo treinador argentino Marcelo Bielsa, que foi sucedido pelo compatriota Claudio Borghi.
A Colômbia quer voltar a uma Copa após uma ausência de três edições e para isso trouxe de volta um local que levou a seleção às edições de 1990, 1994 e 1998 do torneio, o estádio Metropolitano Roberto Meléndez, em Barranquilla, construído para a Copa de 1986, que acabou sendo realizada no México.
O estádio não foi mais utilizado mais a partir das Eliminatórias para o Mundial de 2002 e, coincidência ou não, desde então, os colombianos não voltaram a disputar a principal competição de futebol do mundo.
Em Quito, está localizado o Estádio Olímpico Atahualpa, inaugurado no dia 25 de novembro de 1951 e que recebeu seu nome em homenagem a um dos últimos imperadores incas.
Apesar de ser o maior estádio da capital equatoriana, o Atahualpa nem sempre foi a sede da seleção que em 1990 e 1994 tentou, sem sucesso, ir para a Copa jogando no Monumental, do Barcelona de Guayaquil.
O Paraguai conta com a força e a história do Defensores del Chaco. O estádio, inaugurado em 1917, é o maior do país e ganhou o nome em 1932, pois foi lá que o Exército armazenou seus homens para a Guerra do Chaco, contra a Bolívia.
Talvez por esse espírito aguerrido, que também é marca no futebol paraguaio, tornou-se tarefa complicada visitar o Defensores, especialmente nas três últimas Eliminatórias, nas quais os adversários sofreram para tirar algum ponto do time mandante. Foram apenas quatro derrotas dos anfitriões em 27 partidas.
Um reformado Estádio Nacional de Lima será a sede do Peru. A última vez que a seleção comemorou uma classificação foi em 1981, quando a geração de Teófilo Cubillas superou a Colômbia e o Uruguai e jogou a Copa da Espanha, no ano seguinte.
Mais histórias ainda tem o Estádio Centenário, de Montevidéu, sede da primeira Copa do Mundo, em 1930 e de onde o Uruguai dificilmente sai derrotado. O Brasil, por exemplo, ficou sem vencer por lá durante 33 anos, até a goleada por 4 a 0 aplicada em junho de 2009.
A Venezuela foi a única seleção que escolheu duas sedes para abrigar seus jogos do time. A primeira casa será o estádio José Antonio Anzoátegui, de Puerto La Cruz, para 40 mil espectadores, onde a seleção receberá a Argentina na próxima terça-feira. O outro é o Monumental de Maturín, com capacidade para 52 mil pessoas.

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